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PARABÉNS GOIÂNIA, 80 ANOS


   Ultimamente Goiânia e Região Metropolitana vem sofrendo cada vez mais com o alto número de veículos, são aproximadamente 1,22 habitantes por veículo (Fonte: O Popular). Nem é necessário analisar profundamente esse problema para que encontremos a solução: o transporte coletivo! Sim, o transporte coletivo, com a maior utilização desse tipo de transporte o número de veículos sofreria uma queda, diminuindo os transtornos causados por eles. 


    Agora vamos analisar o transporte coletivo oferecido pela cidade, para isso também não é necessária nenhuma análise aprofundada, nenhuma pesquisa, basta apenas utilizar algumas vezes o transporte coletivo, e para quem depende desse transporte todos os dias isso fica mais claro ainda, a superlotação, o déficit na quantidade de ônibus e na infraestrutura de apoio, a qualidade e a demora do serviço.
   
     Há poucos dias atrás verifiquei o pouco caso dos órgãos responsáveis pela manutenção dos pontos de ônibus da capital. Goiânia está em época chuvosa, praticamente todos os dias há a ocorrência de chuva, mesmo que passageira. A companhia que faz manutenção fez o “favor” de retirar toda a cobertura dos pontos localizados no centro da cidade para que sejam colocadas novas coberturas, sendo que em muitos lugares da cidade nem mesmo há estrutura dos pontos, obrigando passageiros a esperarem por vários minutos sob sol ou chuva.


  Fui acompanhando esse processo de manutenção dos pontos, se passou mais de uma semana sem que instalassem as novas coberturas, e a população (que PAGA para que possa ter um serviço digno) teve que se virar, achar um jeito (o famoso jeitinho brasileiro) para se proteger da chuva. Estamos chegando em 2014, ano de eleição Estadual e Federal, o Governo não pensa no bem estar da população e quer apenas mostrar serviço, e para isso deixa pra fazer tudo que devia ser feito durante os 4 anos mandato nos "45 min do segundo tempo". Poderiam ter escolhido outra época para essa manutenção, mas deixaram pra fazê-la agora, quando a população mais irá perceber a diferença, e com o tempo curto, a qualidade dos serviços é comprometida.


 E não é apenas em relação ao transporte coletivo, percebemos por toda a cidade construções de viadutos, túneis, praças, escolas, tudo que podem fazer para que a população diga "esse fez", mas mesmo que a pessoa não ande pela cidade ela irá tomar conhecimento do que o governo está fazendo, pois na TV em casa, em outdoors ou mesmo enquanto você está ali no ponto a horas esperando o ônibus, tentando achar um jeito de se proteger da chuva, você verá um carrinho passar com uma tela enorme (que você também pagou) dando ênfase em tudo de positivo que o governo está fazendo por você e para você. PARABÉNS GOIÂNIA 80 anos.



PARABÉNS GOIÂNIA, 80 anos

Cidade sul coreana (Busan) inicia construção de edifício de 550 metros de altura





O escritório norte-americano Asymptote Architecture foi contratado para concluir o projeto de uma edificação de 550 metros de altura na cidade sul-coreana de Busan. 


A construção será uma das mais altas de todo continente asiático e deverá abrigar a sede local do Solomon Group, também dos EUA. 


O World Business Center Solomon Tower será composto de três volumes independentes sustentados sobre uma base única onde haverá um centro comercial.


O projeto preliminar havia sido escolhido em umconcurso promovido no ano de 2008 pela empresa e pela prefeitura do município, que tem3,7 milhões de habitantes e está localizado na costa sudeste da Coréia do Sul.


No ano do concurso, o projeto do Asymptote Architecture foi o vencedor do American Architecture Award, premiação anual promovida pelo Chicago Athenaeum Museum of Architecture and Design.







Mahina: Uma arquitetura moderna e de luxo que realmente surpreende!

Arquitetura surpreendente - Mahina


Mahina é uma nova geração de arquitetura visionária. Um exemplo de construção que surpreende a todos os olhares. Fica a 40 quilômetros ao norte de Auckland, na Nova Zelândia. Mahina é inteira branca, tanto na estrutura, quanto na decoração. Boa parte dela é composta por vidro diamante que garante vistas exuberantes do mar.

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Arquitetura surpreendente - Mahina

O edifício foi projetado com princípios sustentáveis. A temperatura é regulada pela água de arrefeciamento que é coletada nos dias quentes e armazenada para os dias e noites frias. Esse sistema permite temperaturas bem reguladas, tanto dos ambientes como pisos e paredes. A refrigeração é controlada arrastando o ar fresco através de câmaras subterrâneas e expelindo o ar quente através do telhado.

Arquitetura surpreendente - Mahina

Arquitetura surpreendente - Mahina

Arquitetura surpreendente - Mahina

Veja o vídeo e se surpreenda com essa construção magnífica:


TEATRO ÓPERA DE CAMPINAS



Localizado em uma gleba de 12.000 m² do loteamento Swiss Park, em Campinas, o Teatro Ópera de Campinas, novo projeto do arquiteto Carlos Bratke, é formado por um triângulo com lados curvos que seguem a declividade do terreno. Condicionado por este perímetro irregular do terreno, o teatro adquire uma forma simples e tende a se destacar na paisagem junto à Via Anhanguera. Além disso, a construção “tem um grande recuo por causa da área verde que deveria ser preservada”, conforme explica Bratke.
O arquiteto comenta que foram apresentados dois estilos de configuração à prefeitura da cidade: o teatro italiano e o elizabetano-inglês; o segundo foi escolhido. Assim, o palco avança em direção à plateia em semicírculo, criando grande interatividade entre os espectadores e a cena. Apesar do backstage do teatro elizabetano ser menor, o teatro terá espaço suficiente para grandes espetáculos.
O programa do projeto é extenso, pois, além da sala de espetáculos e as áreas técnicas, foram pensadas salas de convenções, eventos e banquetes.
Pela conformação do terreno, a entrada principal acontece no mesmo nível do palco, e, o estacionamento, localiza-se no mesmo nível do fosso da orquestra.
O foyer acompanha a forma da plateia, abraçando-a, e dá acesso à sala de espera, à bilheteria, ao bar e ao espaço de estar. A sala de espetáculos compõe-se da plateia principal, com 1.000 assentos, e do balcão, com 200 lugares, além da sala de projeção, de controle e de tradução simultânea.
Atrás do palco encontra-se a parte técnica do teatro, dividida em seis pavimentos, com salas de ensaio, camarins, escolinha de teatro, luthieria (espaço dedicado a restauração e manutenção de instrumentos acústicos e elétricos), sala de ar condicionado e áreas técnicas. No subsolo, abaixo da plateia, estão os espaços dedicados aos salões de eventos e um mini centro de convenções. 
A previsão é que o Teatro Ópera de Campinas comece a ser construído em 2012.

 




Edifício Eco Berrini, São Paulo

Face voltada para marginal rio Pinheiros
Face voltada para a marginal do rio Pinheiros

Um dos primeiros prédios de São Paulo especialmente planejados para obter a certificação Leed, o Eco Berrini tem seu primeiro pavimento a 25 metros de altura, acima de um edifício-garagem preexistente. O embasamento é dividido em dois blocos, com térreo permeável, e os quatro primeiros andares são interligados por passarelas. Suas fachadas de vidro foram projetadas em acordo com as condições de cada face e asseguram conforto ambiental e menor consumo de energia elétrica com os sistemas de iluminação e ar condicionado.
Um dos primeiros prédios de São Paulo especialmente planejados para obter a certificação Leed, o Eco Berrini tem seu primeiro pavimento a 25 metros de altura, acima de um edifício-garagem preexistente.
O embasamento é dividido em dois blocos, com térreo permeável, e os quatro primeiros andares são interligados por passarelas. Suas fachadas de vidro foram projetadas em acordo com as condições de cada face e asseguram conforto ambiental e menor consumo de energia elétrica com os sistemas de iluminação e ar condicionado.
Eco Berrini com 140 metros

O Eco Berrini tem gabarito de 140 metros, escala bastante superior à dos primeiros prédios construídos na área
Maquete eletrônica
Maquete eletrônica

A torre de 140 metros de gabarito e mais de 90 mil metros quadrados construídos foi adquirida por 560 milhões de reais em dezembro último, já no terço final das obras, pelo Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil.
Ela é subdividida em cinco subsolos, térreo, intermediário, 32 pavimentos-tipo com 1.752 metros quadrados de área de laje e ático, totalizando 39 andares e 47 mil metros quadrados de área locável.
De acordo com Roberto Aflalo, um dos autores da proposta arquitetônica, o projeto começou pela conta inversa, a fim de adequar a quantidade de vagas de garagem e a área computável às exigências da Operação Urbana Água Espraiada.
A melhor solução era demolir um dos prédios implantados no local, que tinha pés-direitos baixos e poucas vagas de estacionamento, e ampliar o edifício-garagem preexistente, que ganhou dois novos andares e teve suas áreas de laje estendidas e incorporadas pela nova edificação.
“Se mantivéssemos todas as construções existentes no lote, não teríamos como atingir o coeficiente máximo de aproveitamento do terreno”, detalha o arquiteto. No total, o empreendimento soma 2,3 mil vagas de estacionamento.
Heliponto cobre vazio no coroamento
O heliponto cobre o vazio no coroamento
Perspectiva do acesso principal
Perspectiva do acesso principal. Os quatro primeiros pavimentos do bloco menor são independentes do volume maior

Com a implosão do antigo edifício, configurou-se um terreno retangular para a implantação do Eco Berrini. Seu embasamento é dividido em dois blocos, o menor deles exatamente no ponto onde foi implodido o prédio, na lateral direita de quem vê o conjunto de frente.
Do primeiro pavimento, que está a 25 metros de altura, acima do edifício-garagem, até o quarto andar, os blocos são unidos pela passarela fechada por vidro, deixando o térreo permeável, de modo que pedestres e veículos possam passar para chegar aos outros empreendimentos existentes na gleba ou acessar a marginal do Pinheiros.
O coroamento repete a ideia da divisão em blocos, com o heliponto (ainda em homologação) cobrindo o vazio que se forma entre eles. A partir do quinto pavimento, a área de laje das duas alas é unificada, mas a volumetria da fachada permite identificar as porções correspondentes a cada bloco.
O lado maior tem as faces principais levemente curvas, suavizando o formato retangular do prédio, enquanto o lado menor é retilíneo. Os pisos superiores são diferenciados por pés-direitos, terraços e jardins, e a marcação horizontal é feita com o vidro branco que reveste as vigas corta-fogo.
Edifício define skyline
O edifício marca o skyline da região
Pavimento intermediário passarela
Vista do pavimento intermediário, onde tem início a passarela que une os dois blocos

“Quando se quer usar um elemento branco na fachada, a melhor opção é o vidro, material de fácil limpeza e ótima relação custo/benefício”, defende Aflalo.
As fachadas unitizadas foram instaladas diretamente na estrutura de concreto. Compostas por painéis de estrutura metálica e vidros especiais, elas apresentam divisão em três partes.
A fim de assegurar conforto ambiental com menor consumo de energia elétrica, foram previstas composições diferentes para cada terço em função da orientação solar - uma específica para as faces leste e oeste e outra para as fachadas norte e sul.
Os vidros utilizados são relativamente transparentes, com boa transmissão luminosa e baixos índices de transmissão de calor. As versões opaca e semitransparente aparecem somente nas faces leste e oeste, nas quais o sol incide mais horizontalmente.
Já as faces norte e sul apresentam vergas e peitoris abertos. Pelo lado interno, os vidros são protegidos por cortinas do tipo roll-on. “A princípio essa não seria a melhor opção, mas, considerando latitude, performance dos vidros e a temperatura média na cidade, foi a que apresentou melhor relação custo/benefício.
Para o nosso clima, os vidros mais extremos não são necessários”, afirma Aflalo. Essa combinação entre anteparos e vidros especiais, associada aos sistemas de resfriamento noturno e de iluminação, assegura eficiência energética, alto desempenho térmico da edificação e elevada pontuação no sistema Leed.
O Eco Berrini engloba ainda outras soluções decisivas para sua certificação, tais como o uso de materiais sustentáveis previsto já no projeto, aproveitamento de águas cinza e pluviais na irrigação, no abastecimento de bacias sanitárias e no resfriamento das torres de ar condicionado, plano de gestão de resíduos e coleta seletiva, e áreas livres que privilegiam a circulação de pedestres.

Texto de Nanci Corbioli
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 377 Julho de 2011

Roberto Aflalo FilhoLuiz Felipe Aflalo HermanGian Carlo Gasperini
Roberto Aflalo Filho graduou-se pela FAU/USP em 1976 e é mestre pela Universidade Harvard, em Cambridge, EUA (1980).


Luiz Felipe Aflalo Herman formou-se em 1978 pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Brás Cubas.

Gian Carlo Gasperini diplomou-se em 1949 pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil (atual UFRJ) e obteve título de doutor pela FAU/USP em 1973. Os três são titulares do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos

 


Detalhe hall principal
Detalhe do hall principal
Croqui
Estrutura metálica e vidro definem passarela
Estrutura metálica e vidro definem as formas da passarela
Jardim da cobertura

Jardim da cobertura

Pavimentos com piso elevado
A torre tem classificação triple A. Os pavimentos foram entregues com piso elevado
Brises de alumínio

Brises de alumínio sombreiam o acesso à torre
Hall com pé-direito elevado

Granito, aço inox e vidro têm presença forte no hall de pé-direito elevado
Croqui
Em constante transformação

O Eco Berrini ainda na primeira etapa da construção e em fase mais adiantada, com parte dos painéis unitizados da fachada já instalados


 

Ocupando a faixa entre a Berrini e a marginal do Pinheiros, a gleba de 93,8 mil metros quadrados onde foi implantado o Eco Berrini é a mesma onde já havia outro prédio projetado por Aflalo & Gasperini (leia PROJETO DESIGN 139, março de 1991). Complementada por um pequeno prédio de serviços e edifício-garagem, a construção serviu de sede administrativa primeiramente à Philips, mais tarde à Nestlé e hoje abriga escritórios diversos.

Com a construção do Eco Berrini, os proprietários desse edifício chamaram novamente os arquitetos, desta vez para modernizar as áreas comuns e valorizar as construções existentes. Entre as intervenções realizadas, está a marquise que liga o Eco Berrini aos vizinhos shopping D&D e edifício WTC (PROJETO DESIGN 193, janeiro/fevereiro de 1996), que por sua vez são interligados ao Centro Empresarial Nações Unidas (PROJETO DESIGN 274, dezembro de 2002), formando um grande complexo unificado, mas com edificações independentes.

No mesmo lote havia ainda um edifício projetado em 1980 e que também acolheu instalações administrativas da Philips (PROJETO DESIGN 62, abril de 1984). Com pés-direitos baixos e poucas vagas de garagem, esse edifício foi implodido em 2008, possibilitando a abertura de cinco níveis de subsolo para o Eco Berrini e a ampliação do edifício-garagem existente. Como o terreno está dentro da área da Operação Urbana Água Espraiada, foi possível aumentar o potencial construtivo por meio da aquisição de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), o que explica os números superlativos do Eco


Berrini.Fonte: www.arcoweb.com.br

Residência, Ayora, Espanha

Encosta da montanha é local desta casa
 
Aberturas aproveitam luz naturalA encosta de uma montanha em Ayora é o local desta residência desenhada pelo estúdio Fran Silvestre Arquitectos
Cristal branco sob a luz mediterrânea
Situada em uma pequena cidade da província de Valência, na Espanha, esta residência construída em 2010 foi projetada por Fran Silvestre e Maria José Sáez de modo a se integrar ao ambiente natural e urbano. A simplicidade de sua geometria e a riqueza de seus detalhes a inserem na produção da arquitetura ibérica contemporânea.
A encosta da montanha que abriga o castelo de Ayora, município com pouco mais de 5 mil habitantes na província de Valência, na Espanha, foi o lugar escolhido por um casal de historiadores para construir sua moradia.
A tarefa de desenhá-la foi entregue à equipe do escritório local Fran Silvestre Arquitectos, que criou um paralelepípedo branco de três pavimentos, cuja linguagem formal se insere na produção contemporânea da arquitetura ibérica.
“Revestida com cal branca, a casa foi projetada para se acomodar ao terreno irregular, no sentido de criar uma continuidade construtiva. Esta é diminuída pelas aberturas, mas aumentada por seus contornos, sempre em conformidade com a paisagem fragmentada do entorno”, diz Fran Silvestre, sócio titular do estúdio e um dos autores do projeto.
Como uma peça de cristal, o bloco foi esculpido a partir de suas arestas principais, solução pensada com base na carta solar.
Aberturas tiram proveito da luz natural abundante na
região de clima mediterrâneo, onde predominam dias ensolarados e secos.
Estuque branco integra casa à paisagem
 
      Além do conforto térmico, o estuque branco integra a casa à paisagem marcada pela montanha
     O resultado são aberturas que tiram o máximo proveito da iluminação natural, farta nessa região de clima mediterrâneo, onde predominam dias ensolarados e secos. A luz abundante, aliás, era, junto com o máximo de privacidade, a principal demanda dos proprietários.
     O orçamento reduzido, porém, foi um grande obstáculo para os arquitetos, que decidiram integrar o projeto ao espaço construído preexistente, respeitando as características do meio ambiente e utilizando materiais locais, “sem, no entanto, se deixar levar por um efeito de mimetismo que pudesse gerar um falso sentimento de historicismo”, acrescenta o arquiteto.
   “O que nossa proposta pretende é atender às expectativas das novas gerações, empregando uma linguagem construtiva contemporânea”, ele completa.
     Coroada por um castelo, a montanha é rodeada por um manto de antigas construções que formam um tecido branco fragmentado, porém adaptado à topografia.
     Nos mesmos moldes, a residência foi concebida inteiramente em contato com o solo, como um único volume revestido com estuque branco, o que garantiu sua integração à paisagem urbana e também o conforto térmico.
   “Mas a casa é, sobretudo, um reflexo das pessoas que ali vivem, uma expressão inconfundível da personalidade de seus moradores. Afinal, o diálogo é sempre um ingrediente-chave no processo de desenho, que deve oferecer conforto e funcionalidade, examinando os conflitos e as alegrias cotidianas de cada cliente”, salienta Silvestre.
Como uma peça de cristal, o bloco foi esculpido a partir de suas arestas principais

Volume branco tem linguagem que se insere na arquitetura contemporânea ibérica
      Concluído no final de 2010, o volume branco de três pavimentos tem linguagem que se insere na arquitetura contemporânea ibérica
      O espaço interno da residência articula-se em torno do vão gerado pelo núcleo de circulação vertical, que está organizado em paralelo ao corte da montanha, sem tocála. A garagem e a adega ocupam o térreo, acima do qual estão dois pavimentos, que somam quatro dormitórios.
      Os dois quartos do primeiro andar estão orientados para um pátio privado, enquanto os dois no piso de cima voltam-se para o imenso vale onde se situa Ayora e contam com vista privilegiada, pois estão acima do nível das casas do entorno. Já o estúdio abre-se para o volume central com pé-direito duplo, incorporando-o.
      As áreas orientadas para a encosta - bem como o terraço - são abundantemente iluminadas durante o dia, quando “a luz do sol se reflete na parte da montanha onde está o castelo”, conta o arquiteto.
      À noite, a luz branca artificial dos espaços internos - a maioria de lâmpadas fluorescentes - reflete-se na mesma encosta, criando visuais únicas.
      A cor branca, aliás, é um elemento que determina o projeto - não apenas nas paredes ou na iluminação, ela está presente no piso externo, feito com blocos intertravados, e no acabamento interno em MDF das portas e da cozinha.
      A residência tem, assim, sua complexidade expressa nos recortes feitos na volumetria, nas soluções de planta e também nos detalhes de acabamento.
De costas para um antigo castelo, a residência tem vista para o vale ocupado pela cidade de pouco mais de 5 mil habitantes

Croqui
Croqui

Iluminação artificial dos espaços internos feito com lâmpadas fluorescentes
      A iluminação artificial dos espaços internos é feita com lâmpadas fluorescentes e luminárias customizadas
Semelhante a um cristal, ela é um contraponto ao ambiente natural e urbano, mas se encaixa perfeitamente nesse contexto. Fran Silvestre considera difícil estabelecer quais foram as influências diretas para este trabalho.
     “Talvez as casas de José Antonio Coderch ou a arquitetura de Álvaro Siza, que evidenciam a tradição mediterrânea de maneira tão inovadora, tenham atuado como referência. A maior parte do projeto, porém, é uma reinterpretação da arquitetura tradicional da região onde se insere, uma área bem preservada de Ayero chamada Los Altos”, explica o arquiteto, que já trabalhou no escritório do português Siza.
     “É verdade que a formação como colaborador em seu estúdio se reflete na proposta, especialmente na relação entre o desenho e o meio ambiente. Certamente a adaptação à topografia, o vão e o terraço de frente para a colina, o uso de painéis de madeira, o estuque branco são fatores comuns não somente à nossa produção, mas a toda a arquitetura ibérica”, conclui.

Texto de Fabio de Paula
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 379 Setembro de 2011


Fran Silvestre Maria José Sáez Fran Silvestre é graduado na Escola Técnica Superior de Arquitetura (ETSA) de Valência, com especialização em edificações e pós-graduação em urbanismo pela Universidade Técnica de Eindhoven, Holanda. Ex-colaborador de Álvaro Siza, é subdiretor e professor de projeto da Escola de Arquitetura de Valência.

Maria José Sáez, formada pela ETSA de Valência e com especialização em edificações, colabora com Silvestre desde 2003 e associou-se ao estúdio Fran Silvestre Arquitectos em 2010
 
 
As áreas orientadas para o jardim, bem como o terraço, são iluminadas com abundância durante o dia


 
Garagem e adega ocupam o térreo
A garagem e a adega ocupam o térreo, acima do qual estão dois andares, cada qual com dois dormitórios
Detalhes de acabamento
Além dos recortes na volumetria e das soluções de planta, a complexidade do projeto se expressa nos detalhes de acabamento
Espaço interno
O espaço interno articula-se em torno do vão gerado pelo núcleo de circulação vertical
Corredores e estúdio abrem-se para volume central
Os corredores e o estúdio abrem-se para o volume central, que tem pé-direito duplo
Acabamento interno em MDF das porta e da cozinha
O branco predomina não apenas nas paredes e na iluminação, mas também no acabamento interno em MDF das portas e da cozinha